O que é haxixe? Origens, usos e como fazer

Dry, ice, meleca, pretinho… é tudo haxixe. Mas qual a diferença entre os tipos de concentrado de maconha? Neste post, você vai desvendar cada estilo de haxixe e entender o que os distingue um do outro. Exploramos os métodos de extração e damos as dicas para você reconhecer um haxixe de qualidade. Hoje vamos descomplicar o Hash, pra ninguém cair em cilada! 

- O que é Haxixe?
- Origem do haxixe 
- Os Hashishin
- O clube do Haxixe
- Extração do Haxixe com ou sem solvente?
- Ice-o-Lator
- Haxixe Rosin
- Dry Sift - Haxixe a seco
- Haxixe com solventes
- Dry Hash - a arte de refinar cannabis
- Dry Hash como fazer?
- Como curar e armazenar o Hash?
- Maneiras de apreciar o Haxixe 

O que é o Haxixe?

Imagine o haxixe como aquele vinil raro que você encontra numa loja de discos antigos — um extrato puro da essência da cannabis. Diferente da erva comum, o haxixe é como um álbum de greatest hits: compacto, poderoso e intenso. Feito a partir dos tricomas da planta, é o elixir dos deuses para os entusiastas da cannabis, oferecendo um hit mais limpo e concentrado.

O haxixe, ou o hash, é a essência condensada da cannabis. Ele é feito pela extração e compactação dos tricomas, aquelas glândulas resinadas que brilham nos botões florais da planta feminina. Esse processo cria uma oleorresina carregada de THC e outros canabinoides, que quando fumada ou vaporizada, entrega uma onda psicoativa daquelas. É a parada potente que a galera busca para um efeito mais intenso.

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Foto: Seattle Times


O haxixe, sendo um concentrado de cannabis, tem sido usado por milhares de anos para fins medicinais e recreativos. Com a evolução das técnicas de extração, hoje existem vários métodos para obter essa substância, mas o objetivo é sempre o mesmo: separar os tricomas (aquele cristalzinho brilhante) do resto da matéria vegetal das flores.

Diferente de outras formas de cannabis, como a erva seca, o haxixe é conhecido pela sua consistência densa e pegajosa, que pode variar de sólida a maleável. É uma forma potente e pura, valorizada tanto por seu sabor quanto pelos efeitos intensos.

Basicamente: haxixe é uma massinha mágica, cheia de canabinóides e terpenos concentrados!

Origem do haxixe 

O hash, traz consigo uma vibe histórica bem longa e é mega popular em lugares como Afeganistão, Marrocos, Egito, Paquistão, Índia, Nepal, Irã e Líbano.

Ele rolou da Ásia até o Oriente Médio seguindo a famosa rota da seda, e nesse caminho, se entrelaçou de maneira única com as culturas de cada parada. É como se cada região tivesse colocado um pouco do seu próprio tempero nessa mistura, criando versões distintas e enriquecidas desse concentrado ancestral.

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Os hashishin

Um dos contos mais fascinantes ligados ao haxixe é a lenda dos Assassinos, uma seita de guerreiros durante as Cruzadas. Diz a história que o líder deles, Hassan-i Sabbah, usava o haxixe para motivar seus homens a realizar missões perigosas. Essa conexão deu origem ao termo "assassino", que alguns dizem derivar de "hashishin", ou seja, "usuários de haxixe". Essa antiga "Ordem dos Assassinos", foi a seita que inspirou jogo Assassin's Creed.

Mais tarde, na Europa do século XIX, o haxixe virou o queridinho dos artistas e intelectuais que buscavam inspiração e um escape criativo, como os membros do Clube dos Haxixins em Paris. Com o passar do tempo, o haxixe também começou a ser visto sob uma luz mais legal e medicinal, abrindo novos caminhos para sua aceitação e uso.

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O clube do Haxixe

Mais tarde, na Europa do século XIX, o haxixe virou o queridinho dos artistas e intelectuais que buscavam inspiração e um escape criativo, como os membros do "Club des Hashischins" em Paris. Personalidades como Théophile Gautier, Charles Baudelaire, Eugène Delacroix e Alexandre Dumas, encantados pelas aventuras exóticas narradas por soldados franceses retornando do Norte da África e pelas vibrantes histórias das Mil e Uma Noites, mergulharam de cabeça na exploração do haxixe. Esses encontros, repletos de experimentações místicas e viagens oníricas induzidas pelo haxixe, tornaram-se sessões regulares onde buscavam transcender a realidade cotidiana. As experiências vividas e relatadas por esses pioneiros, tanto em elogios quanto em críticas, foram amplamente documentadas em uma série de artigos e livros, iluminando caminhos para uma nova compreensão legal e medicinal do haxixe, e pavimentando sua aceitação e uso mais amplo...

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Table Corner de Henri Fantin-Latour, 1872 com alguns membros Hashischin.

Vamos ao básico: Extração com ou sem solvente?

Como sempre rola quando o assunto é maconha, o proibicionismo dificulta a vida de quem consome e abre espaço para ciladas como doce de leite vendido como se fosse haxixe crema….
A ideia é que tendo as informações sobre cada tipo, você consiga sacar a qualidade pelo cheiro, textura e aparência.

Existem duas grandes famílias de métodos de extração: as que utilizam solventes químicos e as que não utilizam. Os métodos sem solventes, como o Ice-O-Lator, Dry Sift e Rosin, são conhecidos por produzirem haxixes mais naturais e limpos. Já os métodos com solventes, como CO2, butano e álcool de cereais, podem ser eficazes, mas há sempre um olho na segurança e na remoção completa de resíduos tóxicos.

Ice-o-Lator

Também conhecido como bubble hash, utiliza um método que emprega água gelada e bolsas de filtro para separar os tricomas. A pureza desse tipo de haxixe é tão renomada que pode ser testada simplesmente aquecendo-o: se borbulhar e derreter suavemente, você tem em mãos um produto de alta qualidade. Se queimar ou escurecer, cuidado, não é tão puro!

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Rosin - Resina de Haxixe

O Rosin é celebrado por sua simplicidade: utilizando apenas calor e pressão, essa técnica espreme a resina das flores ou do haxixe já processado, resultando em uma substância clara e viscosa, comparável ao mel em aparência. É uma das maneiras mais seguras e limpas de produzir haxixe, pois não envolve solventes químicos.

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Dry Sift - Haxixe a seco

O Dry Sift, ou peneiramento a seco, é um dos métodos mais tradicionais, especialmente popular em culturas ocidentais e no Marrocos. Este processo envolve agitar as flores secas sobre telas de malha fina, coletando os tricomas que passam por essas telas. O resultado é um haxixe granulado, com uma textura distinta e menos cremosa.

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Haxixe com solventes

Os métodos de extração de haxixe com solventes são uma técnica avançada para extrair o melhor das plantas de cannabis. Butano, CO2 e álcool são os mais comuns nesse processo. Funciona assim: a planta é mergulhada no solvente, que absorve todos os canabinoides e terpenos. Depois que o essencial é extraído, o solvente é evaporado, deixando para trás um concentrado poderoso de cannabis. Essa técnica é popular porque puxa uma quantidade incrível de canabinoides, resultando em produtos como óleos e ceras. Só que é preciso muito cuidado e conhecimento técnico para fazer tudo certinho e evitar resíduos de solvente no produto final.

Dry Hash - a arte de refinar cannabis


Dry hash é uma técnica clássica para extrair e concentrar o melhor da cannabis sem usar solventes. O processo é todo sobre simplicidade e pureza: você pega o kief,  o pó fino e potente que é basicamente tricomas desprendidos das plantas, e transforma-o em uma massa compacta. O kief pode ser coletado facilmente com um dichavador, como os da Nowdays, que tem 3 compartimentos para separar e acumular esses cristais valiosos enquanto você tritura suas flores.

O kief coletado é prensado, geralmente com um pouco de calor, formando blocos ou bolinhas que são fáceis de armazenar e consumir. Essa forma de hash é apreciada por sua concentração elevada de canabinoides e terpenos, oferecendo uma experiência intensa e pura, que destaca o verdadeiro sabor e efeito da cannabis. Com o dichavador da Nowdays, você já começa com o pé direito no processo, garantindo que seu kief seja da mais alta qualidade e pronto para virar um excelente dry hash.

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Dry Hash como fazer?

Fazer dry hash em casa e é um processo relativamente simples, especialmente se você já tem algum kief acumulado. Aqui está como você pode fazer:

- Coleta de Kief: Primeiro, você precisa coletar uma quantidade suficiente de kief. Um dichavador com compartimento de kief, como o dichavador da Nowdays que também é ideal para isso. À medida que você tritura sua cannabis, o kief se acumula no compartimento inferior do dichavador.

- Prensagem: Uma vez que você tenha coletado uma quantidade decente de kief, o próximo passo é prensá-lo para formar o dry hash. Você pode fazer isso manualmente ou usando uma pequena prensa de hash.

- Manualmente: Você pode usar papel pergaminho e calor (de suas mãos ou brevemente com um secador de cabelo) para pressionar o kief. Coloque o kief entre duas folhas de papel pergaminho e pressione firmemente com as mãos. O calor natural de suas mãos ajudará a compactar o kief.

Usando uma Prensa: Se você tiver uma prensa de hash ou uma prensa de pólen, pode usar isso para uma compactação mais uniforme e profissional.

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Como curar e armazenar o Hash

Após prensar o kief, você terá um pedaço sólido de dry hash. Alguns preferem deixar o hash curar por um período para melhorar o sabor e a potência. Armazene seu hash em um local fresco, seco e escuro e de preferência em um pote hermético para manter sua qualidade.

Maneiras de apreciar o Haxixe


Essa massinha potente pode ser apreciada de várias maneiras, cada uma oferecendo uma experiência única. Se você tá pensando em explorar o mundo do haxixe, aqui vai um rolê pelas opções mais populares de consumo:

Fumando: A forma clássica de curtir haxixe é fumando. Ele pode ser esfarelado e misturado com tabaco ou erva para rolar um cigarro, ou colocado diretamente em cachimbos e bongs. Quando fumado, o haxixe libera todo seu sabor e efeitos rapidamente, proporcionando aquela viagem intensa que muita gente busca.

Vaporizando: Se você prefere uma opção mais suave para os pulmões, vaporizar haxixe pode ser o caminho. Usando um vaporizador, você aquece o haxixe sem queimar, o que significa menos toxinas e um sabor mais limpo e puro. Além disso, a vaporização permite que você sinta os efeitos quase tão rápido quanto fumar.

Comestíveis: Para uma onda mais longa e gradual, transformar haxixe em comestíveis é uma excelente pedida. Basta decarboxilar o haxixe (aquecê-lo para ativar os canabinoides) e depois incorporá-lo em óleos ou manteigas que podem ser usados em qualquer receita. De brownies a molhos, os comestíveis com haxixe trazem uma experiência potente e duradoura.

Dabbing: Para os mais experientes, dabbing é uma forma poderosa de consumir haxixe. Consiste em vaporizar rapidamente concentrados de haxixe, como o rosin, usando um dab rig. Esse método produz uma inalação muito concentrada, ideal para quem busca efeitos fortes e imediatos.

Pra fechar...

Depois de dar um rolê pela história, produção e consumo do haxixe, fica claro que essa massinha mágica é mais do que apenas um subproduto da maconha. É um legado cultural, uma arte e, para muitos, uma maneira revolucionária de experimentar a cannabis em sua forma mais potente. Desde o místico Oriente Médio até os modernos cafés de Amsterdam, o haxixe tem sido uma ponte entre tradições antigas e novas práticas, mostrando sua capacidade de adaptar-se e evoluir com os tempos. Então, se você tá pensando em mergulhar nesse universo, lembre-se que conhecer a fundo cada tipo de haxixe e entender como ele é feito pode te salvar de ciladas e garantir que sua experiência seja da mais alta qualidade.

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